sexta-feira, 26 de abril de 2013

1 de Junho | Protesto Internacional: Povos Unidos contra a troika!


A Europa está sob um violento ataque do capital financeiro que se faz representar pela troika (FMI, BCE, CE) e pelos sucessivos governos que aplicam as políticas concertadas com estas entidades desprezando as pessoas. Sabemos que esta ofensiva aposta em vergar os povos, tornando-os escravos da dívida e da austeridade. Atravessa a Europa e também deve ser derrotada pela luta internacional.

Cada um de nós, em cada país, em cada cidade, em cada casa, com as suas especificidades, sente na pele as medidas que aniquilam direitos conquistados ao longo de décadas, medidas que agravam o desemprego, que privatizam tudo o que possa ser rentável e condicionam a soberania dos países sob a propaganda da “ajuda externa”. É urgente que unamos as nossas forças para melhor combatermos este ataque.

O apelo que lançámos para uma manifestação internacional descentralizada circulou entre dezenas de movimentos em Espanha, França, Itália, Grécia, Chipre, Irlanda, Inglaterra, Escócia, Alemanha, Eslovénia… Na reunião de hoje, 26 de Abril, em Lisboa, estiveram presentes companheiros e companheiras de vários países da Europa, que discutiram em conjunto esta proposta.

Assim, hoje sai consensualizado a nível internacional que sairemos à rua no próximo dia 1 de Junho: Povos unidos contra a troika!

Este é o início de um processo que se quer descentralizado, inclusivo e participado. Queremos construí-lo colectivamente e juntando as nossas forças. A partir de hoje a data de 1 de Junho será divulgada à escala europeia e todos e todas estão convidados a juntarem-se num protesto internacional contra a troika e contra a austeridade, a favor de que sejam os povos a decidirem as suas vidas.

Apelamos a todos os cidadãos e cidadãs, com e sem partido, com e sem emprego, com e sem esperança, apelamos a que se juntem a nós. A todas as organizações políticas, movimentos cívicos, sindicatos, partidos, coletividades, grupos informais, apelamos a que se juntem a nós.

Queremos continuar a alargar os nossos contactos tanto nacionais como internacionais, porque estamos conscientes que será o somatório das nossas vozes que poderá travar a nova vaga de austeridade que está a ser preparada. Os povos da Europa têm vindo a demonstrar em vários momentos que não estão disponíveis para mais sacrifícios em nome de um futuro que nunca chegará. Por isso pensamos que é chegada a hora de uma grande demonstração da capacidade destes povos de se coordenarem na luta e
na recusa destas políticas.

De Norte a Sul da Europa, tomemos as ruas contra a austeridade!


domingo, 21 de abril de 2013

Subscrição da Moção de Censura Popular

O Lançamento da Moção de Censura Popular teve lugar em Grândola, com o objetivo simbólico de marcar o início, na cidade imortalizada pela canção de Zeca Afonso e senha da revolução de Abril, de uma recolha de assinaturas em todo o país, pela demissão do executivo governamental.

O site da moção de censura é http://mocaocensurapopular.net/

A subscrição pode ser feita emhttp://mocaocensurapopular.net/subscricao-mocao/

O download de folhas para recolha de assinaturas está disponível em http://mocaocensurapopular.net/venham-mais-cinco/


"Basta! Obviamente estão demitidos. Que o povo ordene!"


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Esclarecimento

O QSLT é um fenómeno novo em Portugal e a sua definição escapa à generalidade dos analistas e comentadores. O seu formato e os seus modos de acção não encaixam nos formatos tradicionais de organização política e a sua actividade colectiva não é marcada por lideranças que facilitem  mediatismos. Somos rostos comuns, de pessoas comuns que activamente decidiram participar, serem parte da solução rejeitando a acusação de que são parte do problema. Não somos membros de nenhuma seita ou irmandade secreta. Não lucrámos com os casos BPN, BPP, BCP, submarinos, Freeport ou Portucale. Não temos dinheiros em offshores. Não somos donos de jornais, rádios ou televisões.

1. Somos um grupo de pessoas que independentemente da sua filiação/simpatia ou independência partidária ou sindical decidiram que era urgente e necessário encontrar articulações e consensos em torno da análise política que se pode fazer do país sob intervenção da Troika. Este grupo diversificado e de geometria variável discute, reflecte, consensualiza ideias e propostas de acções cujo apelo se tem concentrado em algumas linhas de força: crítica das políticas de austeridade, demissão do governo, retirada da Troika do país no âmbito do cumprimento da Constituição, defesa das funções sociais do Estado e dos recursos estratégicos do país, concepção de uma economia para as pessoas.

2. Este colectivo de pessoas não tem fundadores, porta - vozes ou representantes. Tem membros que participam em discussões e em acções propostas em plenários, reuniões e pela net. A sua participação é paritária e, em regra,as decisões são tomadas por consenso ou, em alternativa, por maioria. Os membros que falam à comunicação social são rotativos. Existem formas de articulação com outros movimentos e com subscritores que estão em diversas partes do país e que nesses locais decidem e definem estratégias particulares de actuação.

3. Este colectivo não tem qualquer financiamento externo, quer de empresas, quer de partidos, sindicatos ou outros. Os apoios são resultado de cedências, parcerias e de decisões voluntárias de pessoas e colectivos envolvidos nas acções do QSLT. Por exemplo, o carro de som que fez a frente da manifestação de 2 de Março foi disponibilizado por um companheiro de nome António (a quem aproveitamos para agradecer), que chegou ao Marquês de Pombal três horas antes da manifestação e que nenhum dos subscritores conhecia anteriormente. Cartazes e folhetos são pagos pelos membros em colectas de valor reduzido, e o design e trabalho de artes finais são feitos por membros que são profissionais nessas áreas, tal como as filmagens, montagens e edições de vídeos, músicas, textos, imagens, etc são o resultado do trabalho de artistas e outros profissionais diversos (realizadores/produtores, músicos, actores, jornalistas,web designers, informáticos, etc...). Este é um espírito de colaboração, partilha de saberes e conhecimentos e de distribuição de competências que acreditamos ser de difícil compreensão para o poder actual. O resto é activismo e energia, redes de contactos, facilitação de colaborações, numa plataforma de diálogo e de interajuda.