sábado, 27 de outubro de 2012

Comunicado de Imprensa

No dia 31 de Outubro será votado na generalidade o Orçamento do Estado de 2013. Este documento é a reafirmação e o agravamento de uma política da troika e dos troikistas que nos levou ao desastre: somos hoje mais pobres, mais endividados e temos mais desempregados do que antes da chegada da troika e deste governo. Por isso, no próximo dia 31, apelamos a todas e a todos que se manifestem contra este Orçamento.
A partir das 15 horas e até à votação estaremos em frente da Assembleia da República para expressarmos a nossa oposição. Às 19 horas afirmaremos bem alto, com todo o barulho, a nossa recusa em relação a uma lei injusta, desigual e desastrosa.
Tal como anunciamos a 13 de Outubro, no concerto "Que se lixe a troika! Cultura é resistência", participaremos nesta concentração/vigília junto com uma multidão plural, que engloba muitos cidadãos, sindicatos e outros movimentos sociais.
Este orçamento não passará!

domingo, 21 de outubro de 2012

QUE SE LIXE A TROIKA! ESTE ORÇAMENTO NÃO PASSARÁ!


No dia 15 de Setembro juntámos as vozes e reclamámos, por todo o país, o nosso legítimo direito de dizer BASTA! Fomos um milhão. Juntos, cidadãos e cidadãs com ou sem partido, movimentos sociais e organizações sindicais, unidos pela força da razão, gritámos contra a Troika e todos os governos que, a seu mando, impõem medidas criminosas e austeritárias. A TSU recuou. Mas o governo, aliado do terrorismo financeiro, continuou o seu ataque, como seria de esperar. O Orçamento para 2013 é a arma agora encontrada 
e apontada a nós, para continuar a destruir as nossas vidas.
Na rua, exercendo um acto de cidadania e de revolta, nós também não desistimos. Não desistimos da vontade legítima de recusar a prepotência, o engano e a mentira, de recusar o fim daquilo por que gerações lutaram e conquistaram e que é nosso: trabalho com direitos, sistema nacional de saúde, escola pública, a arte, a cultura. No dia 13 de Outubro, por todo o país, centenas de profissionais das artes do espectáculo juntaram a sua à nossa voz e gritaram também QUE SE LIXE A TROIKA! Cultura é resistência.
Não desistimos. Somos, todos e todas, desempregados, actores sem companhia, trabalhadores dos estaleiros de Viana, sem-abrigo, operários e operárias sem fábrica, estudantes sem bolsa, alunos sem pequeno-almoço, precários, reformados, pensionistas. Somos, todas e todos, estivadores a lutar pelos nossos portos, professores sem contrato e sem colocação, enfermeiros sem hospital, investigadores sem laboratório. Somos, todos e todas, migrantes. E acreditamos todos que este Orçamento não é inevitável. E sabemos, todos e todas, que a vontade é a nossa vontade e que a força é a nossa força.
Não desistimos e juntamos, de novo e quantas vezes forem precisas, as nossas vozes, para gritar que ESTE ORÇAMENTO NÃO PASSARÁ!
O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO!

No dia 31 de Outubro, a partir das 15 horas, concentramo-nos em frente à Assembleia da República, onde estará a ser votado na generalidade um Orçamento que nada resolve e a todos esmaga. Vamos, ao longo da tarde, em ruído e grito contínuos, votar contra este orçamento!
NÓS VOTAMOS CONTRA! E TU?
Às 19 horas, concentrados em frente à Assembleia ou onde quer que seja, todas e todos, com buzinões, batendo tachos e panelas, vamos gritar, pelo país inteiro e em uníssono, que vetamos este Orçamento.
ESTE ORÇAMENTO NÃO PASSARÁ!

No dia 14 de Novembro, em Portugal, Espanha, Grécia, Chipre, Malta e Itália, estaremos em Greve Geral!
A NOSSA LUTA É INTERNACIONAL!

Dividiram-nos para nos oprimir, juntemo-nos para nos libertarmos.




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Hoje Estaremos no Prós e Contras


Depois do dia 15 de Setembro, do 21 de Setembro, e da Manifestação Cultural do passado sábado, e no dia em que mais um brutal aumento de impostos foi entregue no Parlamento, iremos estar hoje no Programa Prós e Contras, na RTP, para discutir as brutais consequencias da austeridade e convencer mais pessoas a saírem de novo à rua, nas mobilizações que seguem.

Desta vez, convidaram-nos para estar no palco, a discutir pontos de vista. Por isso, aceitámos.

Continuamos os protestos até nos ouvirem. Este orçamento não pode passar. A austeridade tem de recuar. Queremos Portugal de volta numa nova Europa. Não queremos troikas nem troikistas nem a assombração do inevitável. Queremos o espanto e a coragem de mudar. Pacificamente. Com determinação.

Ana C. Gonçalves, Ana Nicolau, António Costa Santos, Bruno Neto, Joana Manuel, João Camargo, Luís Bernardo, Magda Alves, Marco Marques, Margarida Vale do Gato, Mariana Avelãs, Myriam Zaluar, Nuno Ramos de Almeida, Paula Marques, Paulo Raposo, Ricardo Morte, Rita Veloso

Concentração "Cerco a S.Bento! Este não é o nosso Orçamento!" no Facebook

sábado, 13 de outubro de 2012

Mensagem do Sergio Godinho para hoje

Amigos:
 
Um compromisso anterior impede-me de estar aí, hoje, convosco.

E eu queria absolutamente estar hoje aí, ao lado dos meus companheiros de artes e profissão, a cantar e partilhar convosco a ‘outra música’ que queremos para este país.

Que este seja o primeiro do resto de muitos dias úteis.

 

                               Um abraço dos grandes, sempre

                                               Sérgio Godinho

Manifestação Cultural: preparação




domingo, 7 de outubro de 2012

Que Se Lixe a Troika! - Manifestação Cultural

No espírito das mais recentes mobilizações populares, um conjunto alargado de profissionais do mundo da cultura juntou-se a alguns dos subscritores do apelo às manifestações dos dias 15 e 21 de Setembro, sob o lema «Que se lixe a troika! Queremos as nossas Vidas» para lançar um grande evento cultural. Há nesta altura um aumento da percepção da grave situação em que se encontra o país, sendo cada vez mais evidente e urgente a necessidade de outras perspectivas. A cultura é imprescindível para a consciência de um povo, e é essa própria consciência que por sua vez cria e dá conteúdo à cultura. Os profissionais da cultura não são excepção à situação exasperante em que o país e o mundo se encontram actualmente: é imprescindível reagir, é impensável não o fazer. Do encontro de vontades nascido nas mais recentes mobilizações surgiu a ideia de uma expressão cultural, uma manifestação marcadamente baseada nas artes e no espectáculo para contestar a austeridade e os seus implementadores: governo e troika. O dia 13 de Outubro será um dia de protesto internacional, o Global Noise, em que esta iniciativa também se insere. Será um marco histórico e cultural, trazendo da rua para a arte e da arte para a rua toda a energia que as percorre. Será um dia cheio de eventos, de música, dança, teatro, poesia, pintura e todas as formas de arte que materializem o espírito de insubmissão que se sente em todo o país. 

Cultura é Resistência!
Que se lixe a Troika! Queremos as nossas Vidas!


Ana Nicolau, Belandina Vaz, Bruno Cabral, Bruno Neto, Carlos Mendes, Frederico Aleixo, Helena Romão, Joana Manuel, João Camargo, José Gema, Luís Pacheco Cunha, Magda Alves, Marco Marques, Myriam Zaluar, Paula Marques, Paula Nunes, Paulo Raposo, Ricardo Morte, Rita Veloso, Rui Franco, Sofia Nicholson

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Comunicado

O direito de manifestação é legítimo e saudável em Democracia, e por alguma razão emergem protestos em diversas cidades portuguesas (e estrangeiras), em datas simultâneas ou não, expressando a indignação da população com o actual estado do país e com as opções e os modelos políticos, económicos e sociais globais. Todavia, os subscritores do protesto "Que se lixe a troika! Queremos as nossas Vidas!" não podem nem querem, à partida, envolver-se em todos os eventos que sob esse lema são criados, manifestando desde já legítimas reservas ao carácter nacionalista extremado, e até xenófobo em certos detalhes, de algumas convocações.

Descartamos qualquer intervenção nossa em protestos de que esteja ausente uma denúncia internacional da crise actual e dos seus responsáveis sob esse enquadramento mais amplo, antes baseando-se tão-só num processo de criminalização cega da classe política, sem qualquer reflexão ou ponderação, exponenciando um clima de "caça ás bruxas" que não podemos aceitar. Não concordamos com esta forma de "populismo" que, embora decorra de uma indignação genuína e até de uma ira colectiva legítima contra muitos responsáveis governativos, assume formas de actuação não-democrática que não subscrevemos.

Porque há protestos a ser lançados nas redes sociais como estando associado à manifestação de 15 de setembro e à concentração de 21, em Belém, de que fomos promotores e promotoras, não podemos deixar de nos pronunciar sobre este assunto. Se não for divulgado nos nossos canais, nomeadamente na nossa página de facebook e no nosso blogue , não se trata de um protesto em que tenhamos responsabilidade.

A luta e a resistência podem e devem prosseguir, mas exprimindo claramente as motivações que nos levam a protestar e a pensar. O problema da crise actual não decorre apenas deste ou daquele governante em particular, mas sim de modelos de governação e de subordinação aos mercados financeiros e às políticas neo-liberais selvagens, nacional e internacionalmente promovidas, que insistem em impor austeridade, empobrecer os países, cercear direitos e limitar a democracia.


Assinado por: Ana Nicolau, Belandina Vaz, Bruno Neto, Frederico Aleixo, Joana Manuel, Luís Bernardo, Magda Alves, Magdala Gusmão, Marco Marques, Margarida Vale do Gato, Mariana Avelãs, Myriam Zaluar, Nuno Ramos de Almeida, Paula Marques, Paulo Raposo, Ricardo Morte, Rita Veloso, Rui Franco

terça-feira, 2 de outubro de 2012


Para defender um lado, basta não dar o mesmo tempo de antena aos dois. "Prós&Prós", a maior fantochada da televisão portuguesa.



"Vivemos uma situação em que centenas de milhares de pessoas pela Europa se revoltam contra memorandos da troika, governos troikistas e politicas de austeridade que, com o pretexto de não haver alternativas, destroem as suas vidas. A face mediática desta política desastrosa são os debates de sentido único, como neste programa "Prós e Contras", em que a palavra é dada aos do costume e os outros estão lá apenas para fazer figuração."

(do Comunicado de Imprensa emitido ontem por subscritores e subscritoras do apelo à manifestação de dia 15 de Setembro)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Comunicado de Imprensa


Subscritores e subscritoras da manifestação de 15 de Setembro contra o programa "Prós e Contras" de hoje à noite

Realiza-se esta noite na RTP1 um programa "Prós e Contras" sobre o aparecimento de grandes manifestações em vários países da Europa e os desafios que elas colocam à ordem estabelecida. Alguns subscritores e subscritoras do apelo da manifestação de 15 de Setembro "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" foram abordados pela produção do programa para estarem na plateia esta noite, juntamente com "a jovem Adriana que abraçou um polícia". No palco, a escalpelizarem longamente as manifestações e as suas características, foram convidados a estar o director nacional da PSP, um responsável da GNR e dois antigos ministros da Administração Interna.

Tendo em conta que o tema do programa, de acordo com o que lhes foi comunicado pela produção, é o próprio aparecimento das manifestações e não "a segurança nas manifestações", vários/as organizadores/as da manifestação de 15 de Setembro consideram que a discussão sem manifestantes é transformar um programa de debates numa sessão de manipulação da opinião pública. Como vem sendo demasiado hábito neste programa, estamos perante um verdadeiro "Prós e Prós", em vez de uma emissão jornalística de confronto de ideias. Diversos subscritores e subscritoras do apelo "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" recusaram estar presentes para legitimar tal emissão de características securitárias. Sugerimos aos organizadores do programa "Prós e Contras" que alterem a sua célebre promoção em que aparecem manifestantes e polícias frente a frente, tentando cada um deles perceber o ponto de vista do outro, já que o programa em questão raramente tenta dar a conhecer, de forma equilibrada, a perspectiva de ambos os lados.

Vivemos uma situação em que centenas de milhares de pessoas pela Europa se revoltam contra memorandos da troika, governos troikistas e politicas de austeridade que, com o pretexto de não haver alternativas, destroem as suas vidas. A face mediática desta política desastrosa são os debates de sentido único, como neste programa "Prós e Contras", em que a palavra é dada aos do costume e os outros estão lá apenas para fazer figuração. Discutir o momento actual segundo o ponto de vista da polícia e de ministros da Administração Interna é fazer todo o esforço possível para abafar os verdadeiros motivos da onda de revolta que varre a Europa.

Assinado por: Ana Carla Gonçalves, Ana Nicolau, António Costa Santos, António Pinho Vargas, Belandina Vaz, Bruno Neto, Diana Póvoas, Frederico Aleixo, Joana Manuel, João Camargo, Luís Bernardo, Magda Alves, Magdala Gusmão, Marco Marques, Margarida Vale Gato, Mariana Avelãs, Myriam Zaluar, Nuno Ramos de Almeida, Paula Marques, Paulo Raposo, Ricardo Morte, Rita Veloso, Rui Franco, Sandra Monteiro, Tiago Rodrigues.