segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Convocadores da manifestação "Que se Lixe a Troika" apelam a vigília ao Conselho de Estado



No dia 15 de Setembro, centenas de milhares de portugueses e portuguesas tomaram as ruas das suas cidades. As mais de 40 manifestações que ocorreram em todo o país foram uma expressão determinada de uma recusa: a população residente em Portugal não quer as políticas da troika em Portugal. Os subscritores e as subscritoras do manifesto "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!", que convocou as manifestações, sabem que a mobilização impressionante que aconteceu no sábado, a maior onda de mobilizações desde o 1º de Maio de 1974, se deve a todas as pessoas que fizeram sua esta ideia. As pessoas que saíram à rua querem ser donos e donas do seu futuro. E deixaram bem claro nas ruas das suas cidades que exigem a saída da troika de Portugal e a demissão de um governo mais troikista que a troika, que mais não faz que impor, a coberto da crise, uma política que rouba a muitos para dar a muito poucos.

Quase um milhão de pessoas nas ruas de várias cidades de Portugal e doutros países (junto à sede de embaixadas portuguesas) são um grande sucesso, mas não são ainda uma vitória. Só se cumprirá a vontade de todas e todos que se manifestaram quando este governo for demitido e o memorando da troika rasgado. Para isso é preciso fazer um grande caminho. Os organizadores e as organizadoras da manifestação apoiarão, como cidadãos e cidadãs, todas as lutas nesse sentido, da mais pequena à maior: desde as concentrações sectoriais às grandes manifestações convocadas pelos sindicatos para as próximas semanas, passando pelo apelo lançado publicamente na manifestação a uma vígilia para a próxima sexta-feira, frente ao Conselho de Estado, no Palácio de Belém, exigindo o fim deste governo e de qualquer outro governo de austeridade, como ficou expresso popularmente. Comprometemo-nos ainda a fazer todos os esforços para ajudar a construir uma greve geral de forte adesão popular, que seja capaz de parar todo o país, em união contra o desastre que nos é imposto.