Acredito em alternativas às medidas de austeridade repetitivas e empobrecedoras, mas aqueles que, na oposição, nos representam, conhecem-nas e parecem paralisados. Semeiam palavras gastas, numa semeadura desencontrada, sem rega nem colheita.
Demos, então, a voz a grupos de cidadãos.
Alguém me diz: «Este silêncio m
ata-nos. O ruído do sistema mediático dominante ecoa no silêncio, reproduz o silêncio, tece redes de mentiras. É preciso fazer qualquer coisa contra a submissão e a resignação, contra o afunilamento das ideias, contra a morte da vontade colectiva. Contra a inevitabilidade desta morte imposta e anunciada é preciso fazer qualquer coisa de extraordinário».
Fui permeável a estas vozes ao alto, no papel. Sem hesitar – porque confio nesta gente, num seu desalinho alinhado – vou com eles, na tarde de 15 de Setembro. Em manifestação, pois. Poderá não ser nada de extraordinário, mas eu já não consigo continuar sentada neste final de Verão, a ver a «Troika» passar.
HELENA PATO