sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Que se Lixem a Troika e este Governo

É impossível parar a onda de indignação que varre o país desde o anúncio feito pelo Governo no dia 7 de Setembro. Neste dia as circunstâncias políticas mudaram radicalmente. Neste dia caiu o último fio do pano que restava na frente das pessoas que ainda acreditavam que a austeridade era necessária. Os cidadãos e cidadãs que ainda acreditavam nos sacrifíc
ios que estavam a fazer, compreenderam, finalmente, que todos estes estão a ser cometidos não para resgatar o país, mas sim para cumprir um plano ideológico brutal que quer transformar Portugal num canto de produção miserável, onde os trabalhadores não são remunerados pelo seu trabalho, e, onde o investimento se fará através do apelo à escravatura moderna: a precariedade.
Os milhões de pessoas que viram aquele anúncio, depois de um discurso enérgico na festa do PSD onde o PM anunciava a retoma económica para 2013, não acreditaram quando PPC lhes disse que afinal em 2013 lhes ia roubar um salário, para sempre. Foi o momento mais importante para mudar a consciência social de milhões de portugueses e o Governo percebeu isso, mas, mesmo assim, insiste. E insiste porque o plano da Troika e o plano deste Governo só pode ser feito de uma forma: contra a vontade de todos e todas.
É por isso que é preciso fazer algo de extraordinário, e é o que já está a acontecer neste momento. Mas é preciso sairmos à rua este sábado para tornarmos este momento ainda mais extraordinário, precisamos de cavar uma trincheira bem funda em volta deste Governo e de todos os troikistas que o apoiam e que apoiam a Troika. É preciso, neste sábado, sermos o maior número possível de pessoas na rua, com imaginação, com vontade, com energia, com a mente aberta, para nos conseguirmos juntar em unidade contra a Troika e contra este Governo. Se assim for poderemos acordar no dia seguinte e acreditar que o caminho que muitos começarão no dia 15 de Setembro, e que outros já começaram em todos os protestos anteriores, se vai tornar cada vez mais extraordinário.

MARCO MARQUES