Faz quinze anos que resido fora do país. Mas não é isso que faz de mim menos cidadã, nem menos comprometida com o futuro de Portugal. Nem menos interventiva. Não é a distância física do meu país que faz com que me importe menos com o que nele se passa. Pois os afectos não têm fronteiras. Nem a identidade, nem a esperança. E o desejo de voltar, de um dia poder ser feliz no país que é meu não diminui com os anos, nem com tudo o que se ganha e perde numa década e meia de emigração.
Embora não possa estar presente fisicamente na manifestação de 2 de Março, estarei lá em espírito e pensamento. E em voz. E em braços erguidos, em punhos cerrados. Em passos firmes e abraços dados. Estarei na voz, nos braços, nos punhos e nos passos das pessoas que amo que aí estarão. E que são muitas. Pessoas que dão sentido ao meu trabalho e à minha jornada pelo mundo. Pessoas às quais me quero juntar em breve, e definitivamente, para construirmos junt@s um Portugal que nos mereça. O Portugal que merecemos.
Pois não há «polvo» que resista ao poder da Solidariedade, da Esperança e de uma Vontade Firme. E não há «polvo» que resista também à Força de um Povo. De um Povo consciente do seu valor e das suas capacidades. Um Povo que não se deixa manipular pelo discurso da «inevitabilidade» nem pela verborreia orweliana que chama de «criação de oportunidades» à destruição dos fundamentos para uma vida digna, «empreendedorismo» à transformação de tudo aquilo que nos torna humanos em mercadorias.
É urgente voltar a encher as ruas. Pois não somos carne para canhão. Não somos ratos de laboratório. O nosso sentido de dignidade é mais do que suficiente para estarmos plenamente conscientes de que a construção de um país digno, onde valha a pena viver, onde se possa garantir a felicidade colectiva é objectivo supremo da nossa existência comum.
Embora não possa estar presente fisicamente na manifestação de 2 de Março, estarei lá em espírito e pensamento. E em voz. E em braços erguidos, em punhos cerrados. Em passos firmes e abraços dados. Estarei na voz, nos braços, nos punhos e nos passos das pessoas que amo que aí estarão. E que são muitas. Pessoas que dão sentido ao meu trabalho e à minha jornada pelo mundo. Pessoas às quais me quero juntar em breve, e definitivamente, para construirmos junt@s um Portugal que nos mereça. O Portugal que merecemos.
Pois não há «polvo» que resista ao poder da Solidariedade, da Esperança e de uma Vontade Firme. E não há «polvo» que resista também à Força de um Povo. De um Povo consciente do seu valor e das suas capacidades. Um Povo que não se deixa manipular pelo discurso da «inevitabilidade» nem pela verborreia orweliana que chama de «criação de oportunidades» à destruição dos fundamentos para uma vida digna, «empreendedorismo» à transformação de tudo aquilo que nos torna humanos em mercadorias.
É urgente voltar a encher as ruas. Pois não somos carne para canhão. Não somos ratos de laboratório. O nosso sentido de dignidade é mais do que suficiente para estarmos plenamente conscientes de que a construção de um país digno, onde valha a pena viver, onde se possa garantir a felicidade colectiva é objectivo supremo da nossa existência comum.